O QUE A CRISE DE 29 NOS E.U.A PODE NOS ENSINAR PARA SUPERAR A CRISE NO BRASIL?
O Brasil vive hoje um cenário
conturbado por uma das maiores crises econômicas já vividas.
Mas nosso país não o único a
enfrentar momentos de crise, os E.U.A também seu momento de caça às bruxas, a
crise de 1929 foi uma das piores já enfrentadas pois praticamente quebrou o
país.
Mas olhando os momentos
vividos pelos norte-americanos podemos encontrar algumas semelhanças como nosso
atual cenário.
Para isso precisamos voltar um
pouco no tempo e rever o período em que os E.U.A passava na época.
Bem tivemos a economia americana
marcada por dois momentos na história a primeira e a segunda guerra mundial.
Durante a primeira guerra
mundial os E.U.A era o país mais rico do planeta é pessoal eles já eram uma
potência. Seu setor fabril era responsável pela produção em larga escala de
automóveis, petróleo, carvão, siderurgia com a produção de aço e comidas
enlatadas.
Ora nos 10 anos que se
seguiram a primeira guerra a economia norte americana continuava crescendo a
todo vapor e se expandia em todo mundo.
Os americanos eram invejados
por todo mundo, pois seu estilo de vida era rico, farto, glamoroso,
representando a força dessa nação.
Nos anos 20 eles atingiram o
ápice do poder era arrasador o modo como este país se sobrepunha diante do
resto do mundo.
O cinema encantava a todos, a
riqueza era espetacular, mas por trás de uma economia tão sólida havia
incertezas que com passar dos anos tornaram-se concretas, a façanha
norte-americana era válida mas não era aprova de falhas e tudo que sob um dia
cai, foi exatamente o que aconteceu em 1929 a poderosa economia quebrou, pois o
povo americano iludido o brilho do sucesso investia a todo vapor nas ações
dessa empresas meteóricas, mas a crise chegou, com a alta elevação da produção
agrícola que não teve saída de compra e derrubou boa parte dos grandes
agricultores no país, a queda no consumo dos produtos industrializados, uma vez
que a produção era alta, mas o poder aquisitivo do povo não acompanhava essa
métrica associado a um mercado sem normas, sem regras cada empresário fazia o
que queria e como queria logo o caos era claro.
Então as ações que eram o
orgulho americano começaram a cair vertiginosamente, à febre para as vendas
disparou uma corrida louca, mas ninguém queria comprar.
Empresas quebraram, empregos
foram perdidos uma grande recessão se instalou.
Bem alguma semelhança com a
nossa crise?
Ora todas, afinal se uma
empresa está caindo suas ações ficam no fundo do poço, outras empresas têm medo
de investir, de fechar negócios, logo a falta de investimentos reduz a
produção, reduz os empregos e consequentemente afeta o consumo. Instituições
financeiras quebraram pois não puderam obter os valores dos empréstimos
concedidos.
Como a economia americana
ditava a regência do capitalismo no mundo, muitas outras bolsas seguiram a
quebra, como as de Berlim, Tóquio, Londres.
A quebra da bolsa gerou um
número elevado de desemprego e muitos empresários ao descobrir que tudo o que
construíram havia se evaporado acabaram cometendo suicídio, aqui no Brasil
também não foi muito diferente não.
Com a quebra da economia a
importação efetuada pelos americanos foi reduzida e os países que exportavam
para os E.U.A também sofreu com isto, já que tiveram sua produção encalhadas e
sem retorno de pagamento.
Em 1930 a crise chegou ao seu
ponto máximo e a impressão que causava aos economistas da época era que
definitivamente a saída do buraco era quase impossível.
Mas em 1933 um homem chamado
Franklin Delano Roosevelt assume a presidência norte-americana o homem era
dotado de visão a frente de seu tempo, ele com sua equipe elaborou um plano o
New Deal que é estudo por muitos profissionais da área administrativa pela
eficiência e eficácia da gestão.
Bem a primeira coisa efetuada
pelo estado foi regularizar as ações e diretrizes comerciais, o estado
fiscalizava com punhos de aço, disciplinou os empresários, aplicou a correção
dos chamados investimentos de riscos, regulando o quanto se podia investir e
quando.
Efetuou a criação de empresas
estatais a fim de impulsionar o desenvolvimento do país deste modo as empresas
voltaram a produzir e vender, em contrapartida os empregos voltaram a crescer e
o mercado interno voltava a se aquecer.
Uma das medidas mais polêmicas
foi a intervenção na superprodução, o governo chateou muita gente poderosa na
produção agrícola, pois passou a comprar o excesso da produção e queimava
estoques de cereais, também pagava aos agricultores para que não produzissem.
Sabemos que Roosevelt foi bem-sucedido
e com a segunda guerra os E.U.A já estruturados retorna ao seu lugar de grande
potência e foi o país preponderante para o fim da segunda guerra.
Hoje está nação está entre as
5 mais poderosas do mundo, há muitas coisas que os americanos são um povo
dominante, mas não podemos tirar deles o mérito de seu sucesso, como país e
como povo.
Agora o que exatamente está
crise pode nos mostrar para siarmos do atoleiro em que nos encontramos?
Em primeiro lugar temos que
estabelecer alguns pontos importantes a crise no Brasil foi gerada pela
corrupção desenfreada que depredou os cofres públicos, a má administração
pública que deixou em estado de falência muitos estados, os acordos
internacionais com a China que quebraram muitos setores da produção têxtil e siderúrgica
do Brasil, some tudo isso e o resultado é empresas quebradas e um número que
supera mais de 12 milhões de desempregados.
Bem creio que deveríamos mandar
de presente ao nosso atual presidente e nosso senado a biografia de Roosevelt
quem sabe assim eles pudessem aprender algo útil.
É claro que não podemos dizer
que as medidas tomadas pelo presidente americano serviriam para nós, mas
admitir as falhas grosseiras já seria um bom começo, outro ponto importante é
as medidas de produção para reaquecer a economia.
Um dos pontos mais importantes
é a restruturação dos estados não dá para ter gastos com o nível que temos, é
preciso enxugar as despesas e avaliar o fluxo financeiro continuamente,
trabalhar com medidas sustentáveis, o equilíbrio das contas públicas é
essencial para nosso país.
Assim como a reforma
tributária, não é possível ter um alto nível de produção com uma carga tão
pesada de impostos, portanto para se incentivar as empresas impostos mais
justos seriam o melhor caminho.
Nosso governo tomou algumas
medidas que são necessárias mais ainda não resolvem o problema, o ponto central
para o sucesso do plano de Roosevelt foi o aquecimento da economia e o estímulo
a geração de empregos esse é o caminho que nosso país precisa descobrir para
sair deste redemoinho.
Fácil sabemos que isso não
será, mas podemos tomar como nosso esse amor que os americanos têm por seu país
e fazer o mesmo pelo nosso, juntos vamos achar a saída e o brasileiro não
desiste nunca.
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