Gestão da Cadeia de Suprimentos (Supply Chain management) Como novo modelo competitivo e gerencial.
Quando avaliamos o conceito de
SC é comum à gente confundir esse processo com o da gestão de logística da
empresa, o que é um erro, pois a logística é parte integrante da cadeia de
suprimentos.
Cadeia de suprimentos
compreende em toda operação no gerenciamento da produção de um produto até a
entrega final junto ao cliente, ou seja, nada mais é do que toda gestão que
envolve o processo de produção, onde na cadeia de suprimentos temos a atuação
simultânea de diversas empresas na criação da produção até o repasse ao
consumidor final.
Mas o tema é muito mais amplo
do que se imagina, já os 4 pilares básicos consistem no Planejar (Plan),
Abastecer (Source), Fazer (Make) e o Entregar (Entrega). Onde SC não é apenas
uma cadeia de relacionamentos de negócios um a um, muito pelo contrário é uma
pluralidade de negócios e parcerias nos processos entre si.
Onde podemos aplicar um
exemplo simples:
1- FORNECEDOR - Matéria prima para produção;
2- EMPRESA MONTADORA - Que gera produção;
3- DISTRIBUIDOR- Distribui a produção aos clientes iniciais;
4- VAREJISTA- Distribuidor ao Consumidor Final;
5- CONSUMIDOR FINAL - Ponto Final da Cadeia, Consumidor.
Nesse exemplo podemos perceber
que a cadeia está interligada, ou seja, cada processo está correlacionado entre
si, cada setor trabalha de forma alinhada com os demais a fim de fornecer o
produto de qualidade com o menor tempo ao consumidor final, alinhando o preço
nesse ciclo, onde quanto menor for o preço gerado na produção, na logística da
distribuição até a chegada ao consumidor final, melhor será oferta de preço
apresentada a esse consumidor.
Para que essa cadeia funcione
de forma alinhada é necessário que se tenha um sistema de informação integrado,
no mundo dos negócios quanto maior for o fluxo de informação entre as empresas
e seus processos maior será o sucesso no funcionamento dessa cadeia.
Podemos observar que as
informações fluem entre as cadeias total que é composta por toda as cadeias
imediatas do processo, as cadeias imediatas vêm a serem os fornecedores e
clientes imediatos da empresa, que no exemplo seria o distribuidor, onde a
cadeia interna seria o fluxo de informações gerados em cada departamento interno
de cada empresa.
No estudo das cadeias também
temos que avaliar as chamadas cadeias de valor, onde as atividades primárias
serão aquelas envolvidas na produção física do produto, no gerenciamento das
vendas, no serviço, no pós-vendas. Onde cada empresa avalia esse ponto de forma
distinta já que isso dependerá de como essa empresa busca a sua vantagem
competitiva no mercado.
O que entendemos de valor, bem
valor está associado ao que os clientes estão dispostos a pagar por aquilo que
a empresa lhes oferece.
E esse dado tem uma atuação
direta na gestão de uma cadeia, já que um produto que acaba sendo dispendioso
na sua produção, também acabará chegando num alto preço ao cliente.
Por isso uma gestão da cadeia
de suprimentos bem sucedida visa reduzir o custo e aumentar atratividade ao seu
consumidor final.
Nesse processo, podem-se
observar alguns pontos de destaque:
- Grande divisão da informações
entre fornecedores e clientes;
- Mudança da produção em massa
para customizada;
- Aumento da dependência de
materiais comprados e /ou processados fora dos limites da empresa, com uma
simultânea redução do número de fornecedores;
- Pressão competitiva para
introduzir novos produtos mais rapidamente.
Cada um desses pontos nos leva
avaliar a real necessidade do tal envolvimento de cada setor nos processos
desenvolvidos, ou seja, a gestão da cadeia de suprimentos engloba de forma
única cada um dos diferentes departamentos na gestão da produção, onde cada
departamento influi de forma positiva junto a esse processo, o marketing se
estende com sua atuação em toda cadeia, portanto se aplica em cada fase do
processo. Já que essa cadeia esta vez mais integrada e coligada aos demais
setores.
Para que isso possa ser obtido
cada empresa deve se adaptar as mudanças necessárias para implantação dos novos
processo e práticas gerenciais no mundo dos negócios, que com a globalização
muda de modo muito rápido. Onde se destacam alguns pontos:
- Ações integradas, a empresa
deve integrar fornecedores e clientes em suas ações;
- Compartilhar informações ao
longo da SC, especialmente as referentes ao planejamento e monitoramento de
processos;
- Dividir riscos e ganhos, que
permitem e viabilizam as relações de longo prazo;
- Parcerias para construir e
manter relacionamentos de longo prazo, se por um lado muitas vezes elas podem
estender-se para além do tempo estipulado, elas também requerem um número
relativamente pequeno de parceiros para facilitar e aumentar a cooperação.
Os processos e negócios são
divididos em dois grupos, onde temos o de processos operacionais e os processos
de suporte e de gestão.
Para que a empresa possa obter
sucesso na gestão desses processos é importante que ela entenda que cada
processo está focado na as necessidades dos seus clientes e a funções da
empresa são organizadas ao redor desses processos.
Onde se destacam:
- A gestão das relações com
clientes;
- A gestão de serviço ao cliente;
- A gestão da demanda, o
atendimento de ordens;
- A gestão do fluxo de manufatura,
o procurement e o desenvolvimento e comercialização de produto.
Tudo isso é aplicado visando
alcançar a redução dos custos produtivos e maior agregação de valor ao produto
através de um processo de gestão focado em toda a SC e não mais apenas em suas
unidades de negócios isoladas, mas claramente significa exercer continuamente a
balança de equilíbrio entre a satisfação do cliente e da eficiência ao longo de
toda SC.
Por ser um setor de foco
extremamente amplo, ainda temos dificuldade em classificar de forma precisa
todos os tópicos desse processo, mas temos três eixos que são os de sustentação
nesse desenvolvimento.
Processo
de negócios: Abrange todos os processos de negócios chaves,
que devem ser executados ao longo da SC.
Tecnologia,
iniciativas, práticas e sistemas: Viabilizam a execução desses
processos usufruindo das inovações geradas no setor de tecnologia.
Organização
de Pessoas: Representa a capacitação na estrutura organizacional da
empresa e seus colaboradores para que o modelo gerencial de SCM possa ser de
fato entendido e implementando.
Desse modo vemos que esses
eixos se integram, tornando praticamente obrigatória o trabalho simultâneo nas
três direções, o que nos mostra que existe uma escala evolutiva para cada um
desses eixos, desde que a evolução destacada possa ser diretamente aplicada nos
objetivos da SC da empresa, que são reduzir os custos e aumentar o valor
percebido do produto perante o consumidor final.
Isso nos leva a concluir que
toda SCM deve ser considerada como um ponto extremante estratégico na gestão de
negócios, onde cada eixo deve estar aplicado de modo a gerar um projeto de alto
impacto na produtividade e rentabilidade de uma empresa, ou no caso da cadeia.
Como estamos vivendo numa era
de alto desenvolvimento tecnológico em conjunto a crescente globalização, vemos
hoje uma nova segmentação associada à cadeia de suprimentos que é as empresas virtuais,
vem o que seria isso, de modo objetivo, podemos definir como uma gestão de
negócios atuando numa cooperação temporária entre vários parceiros de negócios,
com o intuito de desenvolver suas competências complementares e explorar uma
oportunidade específica de negócio, uma VE também pode ser avaliada como uma
organização oportunista, num sentido positivo, ou seja, uma organização que vê
e agarra a oportunidade dada com tudo que tem e põe em prática uma ação rápida.
As principais características
atribuídas a uma VE são:
Foco nas competências centrais
(core): Cada empresa parceira participa com sua competência, que é complementar
as outras competências das empresas participantes da VE, isso permite que a
parceria criada possa garantir que as demandas do mercado possam ser atendidas,
coisa que uma empresa de forma isolada não teria como gerir.
Dirigida
pela oportunidade: As empresas se associam para atender uma
necessidade temporária e concluído atendimento da demanda levantada a parceria
se dissolve.
Estrutura
dinâmica: A empresa tem uma estrutura organizacional dinâmica com
regras adaptáveis o que a tornam a gestão flexível.
Relacionamento
semi-estável: Relacionamentos de dependências são criados
entre as empresas parceiras, mas ela também podem sobreviver no mercado sem a
VE.
Confiança: E uma
característica de extrema importância no mundo dos negócios e sem ela nenhuma relação
se sustenta.
Infraestrutura tecnológica: A
tecnologia é a ferramenta mundial na gestão de negócios, quando mais integrado
e desenvolvimento for essa tecnologia maior serão os resultados obtidos com seu
uso.
Quando analisamos de forma
mais detalhada essas características vemos que elas também se aplicam a uma SC.
Eliminar perda de tempo de
desperdícios é a chave mestra para gestão bem sucedida de uma SC, ou seja,
quanto maia rápido o sistema da SC se adaptar da nuances do mercado, maior será
seu lucro, mas nem sempre velocidade torna-se sinônimo de satisfação do cliente,
portanto quando empregamos na cadeia esse termo de cadeia enxuta, cadeia ágil,
temos que ser cautelosos e viabilizar os critérios de qualidade na utilização
dessas cadeias, o ideal é mesclar ambos os conceitos, pra isso nosso mercado
deve estar sendo constantemente avaliado, já que ele é quem vai definir boa
parte dos processos que vamos utilizar na aplicação da SC, assim a forma como
nosso relacionamento junto ao nossos fornecedores se desenvolverá levará esse
ponto em consideração, para uma gestão bem sucedida.
Para desenvolver uma
determinada agilidade devemos avaliar algumas das características básicas apresentadas
no estudo do capítulo:
- Sensitiva ao mercado: significa que a SC será altamente capaz de
responder as necessidades apresentadas pelo mercado;
- Virtual: O maior problema na SC é limitada na visibilidade da
demanda real e que fenômenos externos, podem muitas vezes distorcer essas
demandas;
- Integração de processos: Para se promover o compartilhamento de
informações ao longo da SC é preciso definir como serão integrados esses
processos de forma a obter uma atuação uniforme, alinhando os objetivos e
medidas estratégicas;
- Baseadas em redes
colaborativas: Empresas atuam em campos competitivos, onde muitas vezes tende a
competir uma com a s outras e acabam não partilhando informações que no
desenvolvimento da SC acaba sendo essencial na acertabilidade do processo,
portanto isso deve ser levado em conta.
Após esse estudo posso
concluir que uma SCM é um processo de muita versatilidade, que deve acompanhar
as constantes mudanças do mercado e todos os fatores que atuam na gestão da SC,
já que isso pode influir de forma direta ou indireta nos resultados dos
objetivos mensurados.
Grandes parcerias precisam de
gestão analítica e integrada, onde a comunicação e o gerenciamento das
informações em tempo real se refletirá no resultado esperado. A otimização
desse processos devem priorizar a agilidade na aplicação dos mesmos, pois no mundo
dos negócios tempo é dinheiro, conhecer a gestão de seu parceiro de negócio
facilitará na gestão conjunta da SC. E por último as necessidades apresentadas
pela demanda é que indicarão quais as melhores estratégias a se aplicar, para
mercado, e cada cliente, afinal a satisfação do cliente é a geração direta para
rentabilidade.
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