A LEALDADE TEM PREÇO?
“
Lealdade palavra forte que representa fidelidade a alguém, esta palavra tem origem no termo
legalis, que em latim remete para o conceito de lei. Inicialmente esta palavra
designava alguém em quem era possível confiar e que cumpria as suas obrigações
legais, ou seja, alguém que não falha com os seus compromissos, demonstrando
responsabilidade, honestidade, retidão, honra e decência. Uma pessoa leal é
alguém que é fiel e dedicado, e sempre cumpre as suas promessas.”
Essa é uma palavra que
nos remete a muitos questionamentos, e quando associamos seu conceito para o
mundo dos negócios, nos surpreendemos, pois nem todo mundo encara a lealdade
como deveria ser.
Em Roma essa palavra
valia ouro e selava a vida e a morte dos homens, já que a lealdade era formada
nos ideais, no respeito, na admiração construída uns pelos outros.
Os soldados lutavam até a
morte por seu general e o defendiam com suas vidas, o que motivava esses
homens?
Bem valores princípios
que infelizmente andam um tanto quanto esquecidos no mundo de hoje.
E vamos ser honestos
quando se trata de mundo de negócios normalmente essa lealdade se compõe no
quanto de dinheiro vai para sua conta.
Mas será que vale apena
agir como esse pessoal que tem estrelado os noticiários, as capas de revista
por conta da corrupção no nosso país.
E a pergunta mais
importante é todo mundo tem seu preço?
Certa vez numa reunião entre
colegas professores discutíamos sobre a questão da lealdade, sobre o que
faríamos sim ou não.
Alguém no meu grupo me
questionou ei você seria capaz de matar, de trair, de passar a perna em alguém?
Eu fiquei bem aborrecida
na hora, mas ao ser confrontada com uma pergunta tão forte, fiz jus a minha
natureza franca e respondi “ Eu não sei, depende do motivo que me seja
apresentado?
Ao responder isso tive
inúmeros pares de olhos voltados para mim com cara de horror, então eu
esclareci.
O ser humano é movido
pela motivação, por mais que separemos nosso emocional de nossas decisões por piores
que sejam elas ainda estão lá e não desaparecem, portanto se alguém está com
uma arma apontada para o seu filho, seu pai ou mãe, sua esposa (o) você tem uma
arma você atira ou deixa a pessoa matar seu familiar?
Se você passou sua vida
toda sendo pisado, humilhado, perseguido, coagido, entra para uma empresa e
alguém te oferece uma oportunidade de você conquistar tudo o que sempre desejou,
uma vida com dinheiro, sucesso, respeito, reconhecimento, e tudo que nunca te
deram, mas para isso você vai ter que fingir que não viu um erro no balancete
final, você aceita?
Se você tem uma amiga que
você ama como uma irmã, você sai para balada e faltando 3 dias para o casamento
dela, você vê o noivo num pega bem intenso com outra mulher você conta para
ela?
Estou usando esses exemplos
para elucidar o que falei sobre poder de motivação, sobre a influência
emocional sobre nossas ações, duas apontam questões de amor, de lealdade
familiar, e a outra sobre poder, status, tenho certeza que ao ler esse artigo
você deve estar curioso para saber minha resposta dada nesses exemplos.
Bem para a primeira seria
minha família, vale minha vida e por eles eu mataria ou morreria.
Quanto a segunda, poder,
status não valem meu caráter, afinal pouco com Deus é muito e muito sem Deus
muitas vezes é nada.
Para terceira eu não
diria nada, pois provavelmente se eu falasse ela não acreditaria em mim, e no
fim eu perderia minha amiga. E na vida aprendi algo importante ninguém engana
ninguém nós nos deixamos enganar quando queremos, portanto, o bem e o mal que
carregamos dentro de nós fica claro, cabe a nós avaliarmos como vamos lidar com
as coisas e o que faremos com elas.
Por esses pequenos pontos
naquele dia meu grupo saiu bem pensativo, ao expor meu ponto muitos já não
tinham certeza de suas opiniões, quero deixar claro neste artigo que não ponho
aqui nenhuma marca de dona da verdade, pelo contrário cada pessoa tem seus
ideais e estes merecem ser respeitados sempre, por isso não estamos aqui para
ofender ou afrontar ninguém a ideia é abrir a porta da reflexão para as
cadências humanas , de nossas emoções e como lidamos com ela e a influência que
elas tem sobre nossas decisões, pois é por conta delas que nossa tão chamada
lealdade se aplica como um sim ou um não.
“As pessoas são leais até parecer
oportuno não o ser! ”
(Eugenio Leandro Pascoal Salvador)
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